sábado, 8 de outubro de 2011


Modelo dos primórdios do sistema solar ajuda a explicar também a cintura de asteróides.




Segundo a revista Nature, Júpiter não esteve sempre onde está agora, na quinta posição entre os planetas que orbitam em torno do Sol. Durante a sua formação (e do Sistema Solar), num processo que durou muitos milhões de anos, o maior planeta do sistema solar andou para cá e para lá, aproximando-se mais do Sol, e depois distanciando-se, até que acabou no lugar onde está hoje. Pelo caminho, roubou muita massa a Marte, que, por causa disso, ficou diminuído no seu tamanho. Esta tese é apresentada por um grupo de investigadores liderados por Kevin Walsh , do Southwest Research Institute, nos Estados Unidos, que propõe um novo modelo descritivo dos primórdios do Sistema Solar.Com este modelo explicam o pequeno tamanho de Marte ( é mais pequeno que a Terra), a localização e as características da cintura de asteróides. 
Júpiter, no início da sua formação, terá migrado a partir do local onde se formou à distância de 3,5 UA do Sol até 1,5 UA desta estrela, atraído pela força gravítica das enormes quantidades de gases aí existentes . ( Uma unidade astronómica-UA- corresponde a 150 milhões de quilómetros). Depois desta aproximação, Júpiter afastou-se devido à força atrativa de Saturno. Este planeta gasoso terá sido também puxado em direcção ao Sol tendo ficado ligado a Júpiter, para sempre, por forças gravitacionais. 
E, foi juntos que fizeram o caminho em sentido inverso, durante muitos milhões de anos. Pelo caminho arrastaram materiais para a cintura de asteróides e retiraram massa a Marte.
                                                              Adaptado de DNCiência de 8 de Julho de 2011

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